sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Os erros de português que afetam a imagem da empresa
Atualmente, temos percebido o quanto as mensagens por e-mail têm facilitado nossa vida no trabalho. As informações chegam mais rápido, embora isso não pareça fazer diferença. Quantas vezes recebemos mensagens que não dão atenção à ortografia (ancioso no lugar de ansioso; excessão e não a correta grafia em exceção...); à próclise indevida (me chamo Fulano.); à falta de acentuação nas palavras (importancia); ao uso de maiúsculas em substantivos simples (Janeiro, Fevereiro...) e de minúsculas em começos de frases e nomes de disciplinas, por exemplo, e à falta de pontuação (eu faço administração)...
Nesta edição, começaremos a abordar a utilização da linguagem no nosso dia-a-dia dentro da empresa. Aquela que funciona como cartão de visita, e que por isso, pode ser usado a favor ou contra a instituição que o utiliza – os vícios, os erros, as más construções. Tudo o que pode afetar negativamente a nossa imagem, e principalmente, a imagem da empresa no ambiente corporativo e nas negociações com outras companhias.
O português bem empregado não é luxo de uma minoria, mas credibilidade em nossos negócios e comprometimento com a empresa.
Para isso, dividimos este assunto em três partes, que apresentaremos nesta edição e nas duas próximas, a fim de explorarmos plenamente todos os problemas identificados em nossa comunicação empresarial.
Então, vamos às dicas...
• A conjunção “enquanto” usada no lugar de “como”.
É errado dizer, portanto:
Fulano, enquanto gerente, investe na empresa.
O certo seria usá-la com noção temporal:
Enquanto assistíamos à reunião, chovia lá fora.
• A utilização inadequada da locução adverbial “junto a”.
É errado dizer:
Vamos resolver isto junto à corretora.
Entrou com recurso junto à seguradora.
O certo seria:
Vamos resolver isto com a corretora.
Entrou com recurso na seguradora.
“Junto a” tem sentido físico, significando “ao lado”, “próximo a”, “perto de”:
O diretor estava junto ao presidente da empresa.
• A concordância do verbo “haver”.
É errado flexionar o verbo “haver” quando quisermos indicar tempo passado ou em substituição aos verbos “existir”, “ocorrer”, “acontecer”.
Portanto, é errado dizer:
Houveram muitos acordos na empresa.
Devem haver mais promoções.
O certo seria:
Houve muitos acordos na empresa.
Deve haver mais promoções.
• A utilização do pronome demonstrativo “mesmo” como pronome pessoal.
Erro bastante comum nos dias de hoje, o pronome “mesmo” não deve ser utilizado em substituição a “ele”. É errado, portanto:
Os dossiês foram encaminhados e os mesmos deverão ser protocolados.
Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo se encontra neste andar.
O certo seria:
Os dossiês foram encaminhados e deverão ser protocolados. (Não ficou claro o que deverá ser protocolado?)
Antes de entrar no elevador, verifique se ele se encontra neste andar.
Ou ainda, e mais simples:
Antes de entrar, verifique se o elevador se encontra neste andar. (Não está claro aonde se vai entrar?)
• É redundante, embora bastante comum, a expressão:
Segue em anexo o relatório. (errado)
Bastaria:
Segue o relatório. (correto)
Lembramos que “anexo” concorda sempre com o substantivo:
Anexos relatórios. (correto)
Cópias anexas. (correto)
E você? Conhece algum erro de português cometido com frequência no dia-a-dia de uma empresa?
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